Não
entendo de música clássica, mas gosto de ouvir.
Escrevo
este post de linhas tortas ao som de Chopin. Não sei o que há
de mágico e belo no tintilar das teclas do piano que embalam essa valsa que
tanto me emocionam. Ao escutar e escrever sinto que as letras vêm bailando na
suave música, surgindo aos poucos e em pequenos intervalos em minha mente que,
ao se abraçarem, vão formando palavras. Esse movimento é mágico, é galáctico.
Tira-me do tempo-espaço em que me encontro e me transcende. Vejo-me só e sinto
um nirvana. E na duração dessa valsa consigo me projetar em um salão em algum
momento do período romântico, sentindo a brisa de um final de verão entrar
pelas enormes janelas do saguão com cortinas pesadas que dançam. De dentro,
ainda, vejo um jardim muito bem cuidado que percebo estar cercada. Não era
Brasil, era literatura estrangeira. Era um livro aberto numa página qualquer
que pedia essa leitura. Ouço os toques finais e as teclas vão se acalmando.
Toco na janela, apoio minhas mãos e debruço-me. Fechei o livro.
Aos
que se inspiraram e queiram saber um pouco mais sobre música, sirvam-se desse
link, da Revista de Antropologia, que fala sobre “Uma outra história das
músicas”. Vale a pena ler!
***Educação pela
Arte - posts toda semana, às terças-feiras.
Escrito pela Kelli.
0 comentários:
Postar um comentário
E aí, beletrista, o que achou?