20 de fev. de 2018

Não entendo de música clássica, mas gosto de ouvir.



Não entendo de música clássica, mas gosto de ouvir.
Escrevo este post de linhas tortas ao som de Chopin. Não sei o que há de mágico e belo no tintilar das teclas do piano que embalam essa valsa que tanto me emocionam. Ao escutar e escrever sinto que as letras vêm bailando na suave música, surgindo aos poucos e em pequenos intervalos em minha mente que, ao se abraçarem, vão formando palavras. Esse movimento é mágico, é galáctico. Tira-me do tempo-espaço em que me encontro e me transcende. Vejo-me só e sinto um nirvana. E na duração dessa valsa consigo me projetar em um salão em algum momento do período romântico, sentindo a brisa de um final de verão entrar pelas enormes janelas do saguão com cortinas pesadas que dançam. De dentro, ainda, vejo um jardim muito bem cuidado que percebo estar cercada. Não era Brasil, era literatura estrangeira. Era um livro aberto numa página qualquer que pedia essa leitura. Ouço os toques finais e as teclas vão se acalmando. Toco na janela, apoio minhas mãos e debruço-me. Fechei o livro.


                                                                       ***



Aos que se inspiraram e queiram saber um pouco mais sobre música, sirvam-se desse link, da Revista de Antropologia, que fala sobre “Uma outra história das músicas”. Vale a pena ler!

***Educação pela Arte - posts toda semana, às terças-feiras.



Escrito pela Kelli.


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